Celulite

Celulite: conheça os tratamentos em alta

Tão conhecida quanto temida, a celulite é, sem sombra de dúvidas, mal vista pela maioria das pessoas. O que muitas não sabem é que trata-se do acúmulo de gordura sob a pele. O que, de fato, é a causa do aspecto “casca de laranja” na pele do bumbum, coxas, pernas e até na barriga. 

Sendo assim, na maioria das vezes, podem ser tratadas. Isso mesmo, nada de maquiar ou evitar biquínis. Leia este artigo e saiba como se livrar dessa velha conhecida.

Fatores relacionados

Antes de tratá-la, é essencial saber quais são os fatores de risco, já que as marcas podem voltar. Fora isso, a alimentação desequilibrada e o sedentarismo combinados à alta dosagem de anticoncepcionais contribuem para o quadro.

Hoje, sabe-se que mais de 90% das mulheres apresenta alguma ocorrência desse tipo na pele. Isso ocorre porque o estrógeno (hormônio feminino) influencia bastante nesse aspecto. Assim como a genética, já que, nesse caso, mulheres brancas são as mais afetadas.

Tipos de lesões

Na dúvida, sempre procure um dermatologista. É o profissional que as classifica por graus de lesões na pele, por meio do exame clínico. Confira quais são as mais comuns abaixo:

  • grau 1: sem sinuosidades ou desnível. Somente ao comprimir a pele se nota os terríveis “furinhos”; 
  • grau 2: as irregularidades se desenvolvem por causa da flacidez. Sendo vistas sem necessidade de compressão;
  • grau 3: os carocinhos são claramente visíveis;
  • grau 4: vários nódulos com textura dura com inchaço e, inclusive, afeta a circulação da área. Além disso, a pele tem consistência acolchoada.

Quais são as opções de tratamento para a celulite?

Conforme explicado acima, o auxílio médico é essencial. Afinal, para cada grau de lesão, um tratamento específico será indicado.

Solução diferenciada

Ainda assim, cabe uma ressalva sobre o 1.º grau da lesão na pele. O caso é que não há cura nem tratamento mesmo porque é quase invisível.

Celulite: grau 2

A partir do 2.º grau é recomendável:

  • drenagem linfática: massagem indolor que pode ser feita de forma manual ou mecânica, visa “oxigenar” melhor a área. Ainda reduz inchaços e previne a retenção de líquidos entre outras toxinas. Com efeito intensifica a circulação sanguínea. 
  •  ultrassom microfocado: técnica não invasiva que faz uso do calor emitido pelo aparelho como opção para promover a redução de flacidez no local;
  • bioestimuladores: injeção de determinadas substâncias químicas usadas para o estímulo à produção de colágeno. Sendo útil também para repor a área perdida-durante o emagrecimento – tanto quanto na prevenção da flacidez;
  • carboxiterapia: infusão de gás carbônico em diferentes camadas da derme para regenerar o tecido lesionado. E, assim, reativar a circulação local.

Celulite edematosa (ou inflamada)

Essa ocorrência é detectada a partir dos graus 3 e 4, sendo as mais complexas de sarar. Porém, é possível recompor a pele. Para isso, basta seguir todas sessões prescritas. Além de, é claro,  evitar alimentos salgados e manter os hormônios sob controle.

Para ter mais êxito ao tratar o tipo 3, indica-se a drenagem linfática. Conforme explicado acima, essa massagem potencializa a circulação como um todo. Sem contar que faz o organismo eliminar toxinas pela urina, o que ainda previne inchaços.

Nesse caso, também entra em cena a mesoterapia, que nada mais é do que a aplicação de vitaminas e enzimas diretamente no local.

Desse modo, o efeito principal é a eliminação dos nódulos de gordura localizada. Nem precisa dizer que ainda reduz a chance de inflamações.

Celulite mista

Como o nome já indica, é a fusão da flacidez com o inchaço. Ou seja, o tipo 4 é o mais difícil de tratar. Por conta da complexidade, o dermatologista aborda cada problema de forma separada.

Para combater a flacidez, o profissional utiliza bioestimuladores, carboxiterapia e ultrassom microfocado. São injetados os seguintes aditivos:

  • composto de silício para garantir firmeza + Cafeína + Sinefrina (lipolíticos). Os dois últimos servem para reduzir a gordura local;
  • composto de Silício (agente firmador) +  Pentoxifilina + Benzopirona + Buflomedil. Sendo que o último trio é usado para tratar do edema. Isso porque age sobre o eixo vasculhar, isto é, a circulação.

Mais uma vez vale o reforço: todo tratamento deve ser acompanhado pelo especialista. Além disso, as aplicações locais são alternadas e devem ser feitas a cada 7 dias. Para ter mais efeito é preciso ter, no mínimo, 10 sessões. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre meu trabalho como dermatologista no Rio de Janeiro.

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