As estrias são lesões da pele em formato de linhas, bastante semelhantes às cicatrizes. Elas se formam quando há o rompimento de fibras elásticas e colágenas, que são responsáveis pela firmeza, sustentação e elasticidade da pele.
Essa é uma condição bastante comum, que não causa nenhum problema médico significativo. Porém, ela costuma ser motivo de grande preocupação estética.
Apesar de ser mais frequente nas mulheres, as estrias também atingem os homens. Em ambos os sexos, ela é mais comum na adolescência, pois esse é o momento em que há um crescimento acelerado do corpo e uma grande quantidade de alterações hormonais.
Tipos de estrias
As estrias podem ser classificadas em dois tipos: recentes e antigas. As recentes possuem uma cor rósea ou púrpura, enquanto as antigas são mais esbranquiçadas.
As recentes podem, ainda, apresentar um pouco de coceira e são acompanhadas por um processo inflamatório na região. As antigas, por sua vez, não possuem inflamação.
Como surgem?
A pele humana possui propriedades elásticas que permitem que ela encolha e estique de acordo com o crescimento de cada indivíduo. Contudo, essa flexibilidade tem limite.
Dessa forma, quando a pele é esticada de maneira exagerada, ela acaba sofrendo um pequeno estiramento e com isso surgem as estrias. Normalmente, ela é causada pelo aumento do volume corpóreo.
Esse aumento pode acontecer por conta do ganho de peso, gravidez, uso de anabolizantes, colocação de próteses mamárias ou por fatores hormonais, como o uso de estrógeno, por exemplo. Além disso, o uso prolongado de tratamentos com corticoides e alguns fatores genéticos também podem desencadear o seu surgimento.
Fatores de risco
Sabemos que não existe sexo nem idade específica para o surgimento dessas lesões na pele, pois elas atingem homens e mulheres de todas as idades.
No entanto, existem alguns fatores de risco que podem contribuir para o seu surgimento. Confira a seguir os principais deles:
- Ganho excessivo de peso;
- Crescimento acelerado (muito comum em adolescentes);
- Aumento de massa muscular ou uso abusivo de anabolizantes;
- Uso de implantes mamários;
- Predisposição genética;
- Maus hábitos alimentares;
- Falta de hidratação da pele;
- Gravidez.
Tratamento para estrias
Atualmente, existem diversos tipos de tratamento para essa condição. Dentre os principais, destacam-se:
- micropigmentação;
- lasers;
- dermoabrasão;
- peelings;
- cremes que auxiliam na redução das cicatrizes.
É importante que esses tratamentos sejam realizados logo quando elas surgem, ou seja, na fase que ainda estão recentes e rosadas. Assim, é possível minimizar ao máximo os aspectos da marca.
Normalmente, o tratamento dessas cicatrizes é um verdadeiro desafio. É necessário estimular a produção de colágeno e elastina, que são essenciais para aumentar a elasticidade da pele.
O mais comum é que sejam recomendados tratamentos à base de ácido retinóico, ácido glicólico e vitamina C. A partir daí, a pele consegue iniciar um processo de recuperação e aos poucos vai formando novas células do tecido epidérmico.
Por fim, é importante ressaltar que não há uma cura total para as estrias, mas é possível ter uma melhora significativa na sua aparência. A genética do paciente, a raça, a idade e a produção individual de colágeno na pele são fatores que podem influenciar positivamente no tratamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre meu trabalho como dermatologista no Rio de Janeiro.